Abaixo reportagem apos vistoria realizada pelos Conselheiros Municipal da Saúde Juliano Valim Soares e Justina Ines Rech Ribeiro na UBS de Ana Rech Caxias do Sul RS.
Falta de estrutura na UBS Ana Rech provoca protesto
Foto: Grasiela Aparecida Ribeiro
|
A falta de conservação na estrutura da Unidade Básica de Saúde de Ana Rech motivou uma manifestação do Conselho Municipal da Saúde no local na manhã desta quinta-feira.
Conforme o conselheiro Juliano Soares, os moradores precisam de um novo acesso ao local, que seja projetado para os cadeirantes do bairro. Problemas com infiltração e mofo também são registrados na parte interna do prédio. Ele diz que o descaso por parte do município é grande, e classifica a situação como caótica.
“Não se tem estrutura física para os profissionais da saúde aqui trabalham e nem para os usuários. Existe infiltração de água, a maca utilizada é um armário, as portas estão danificadas e não tem entrada para cadeirantes. Até o presente momento nada foi feito, com a saúde não se brinca”, destacou o conselheiro.
A clínica geral da UBS, Liamara Graziottin, também reclama da falta de estrutura. A cadeira utilizada por ela na sala de atendimento foi levada por ela, de casa. Próxima da aposentadoria, a médica lamenta o fato, e diz que cada ano que passa a situação fica pior na área de saúde.
“Eu estou quase me aposentando e a gente vê que as coisas não melhoram. Faltam diversos equipamentos, a gente não tem material adequado”, afirmou a médica.
Já a estudante Flaviane Andrade reclama que uma das enfermeiras do local não presta a devida atenção aos pacientes. Ela diz ainda que se sente desprezada, já que o município não fornece o atendimento necessário.
Flaviane informa que chegou no posto por volta das 07h30 desta quarta, e até às 10h não havia sido atendida. A estudante busca um encaminhamento para um especialista, que segundo ela, pode demorar até três meses. Ela classifica situação como precária.
“A gente se sente meio desprezado, porque é um direito de todos e eles não estão cumprindo com o dever deles. Eu preciso ser encaminhada para um especialista, só que as vezes pegamos as últimas consultas e ficamos sem atendimento”, declarou a estudante.
Conforme Flaviane, os familiares dela buscaram o atendimento da UBS e também relataram a demora.
O secretário da Saúde em exercício, Antônio Feldmann, destaca que é feito acompanhamento permanente das unidades básicas por servidores da própria secretaria ou por profissionais contratados, mas admite dificuldades pelo fato de haver 44 UBS’s na cidade.
Feldmann ressalta que um pouco da situação enfrentada pela Unidade Básica de Ana Rech é decorrente do fato do prédio ser antigo, e explica que providências estão sendo tomadas para que as melhorias no espaço se iniciem já na próxima semana.
Departamento de Jornalismo
Publicado em - Radio Caxias - www.radiocaxias.com.br
----------------------------------///////////-------------
14/01/2012 | N° 11269 – Jornal Pioneiro
UBS Ana Rech inspira cuidados
Conselho Municipal de Saúde denuncia problemas na estrutura
Caxias do Sul – A placa desgastada na fachada da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Ana Rech já prenuncia os demais problemas estruturais que pacientes e profissionais enfrentam no prédio. As irregularidades foram constatadas nesta semana pelo Conselho Municipal de Saúde, que cobra da prefeitura uma reforma ou a construção de nova sede.
Apesar de pequeno, o postinho atende mais de 1 mil pessoas por mês, segundo funcionários. Alguns sentem dificuldade na entrada, pois o espaço tem cerca de 30 anos e não foi projetado para ter acessibilidade. Cadeiras de rodas não passam por algumas portas e, às vezes, médicos precisam atender os pacientes na recepção ou até fora do prédio.
Na recepção, é visível a falta de espaço. Cristian Lopes, 16 anos, como muitos outros pacientes, aguardava ser chamado pela médica em pé.
– Precisavam nos colocar em um lugar melhor e ter mais gente atendendo. Assim, parece que nos esqueceram – queixa-se o jovem, com dores no braço.
Também pela falta de espaço, a recepção acaba armazenando arquivos com fichas de pacientes e remédios. Como todos os medicamentos não cabem neste cômodo de múltiplas funções, dois armários de remédios foram transferidos para a cozinha.
– Como é que uma mesma sala vai armazenar medicamentos e alimentos? – questiona Justina Inês Rech Ribeiro, conselheira municipal de saúde da Zona Leste.
A sala de esterilização é utilizada para exames ginecológicos e para realizar curativos. O postinho só tem um banheiro, afetado por conta dos problemas de esgoto. As paredes e o teto descascados revelam outra falha estrutural, de infiltração. Além de trazer mofo, a combinação de água e tomadas com fios soltos é perigosa.
– Há risco até de provocar um curto circuito – alerta Juliano Valim Soares, também conselheiro de saúde desta região da cidade.
Apesar de pequeno, o postinho atende mais de 1 mil pessoas por mês, segundo funcionários. Alguns sentem dificuldade na entrada, pois o espaço tem cerca de 30 anos e não foi projetado para ter acessibilidade. Cadeiras de rodas não passam por algumas portas e, às vezes, médicos precisam atender os pacientes na recepção ou até fora do prédio.
Na recepção, é visível a falta de espaço. Cristian Lopes, 16 anos, como muitos outros pacientes, aguardava ser chamado pela médica em pé.
– Precisavam nos colocar em um lugar melhor e ter mais gente atendendo. Assim, parece que nos esqueceram – queixa-se o jovem, com dores no braço.
Também pela falta de espaço, a recepção acaba armazenando arquivos com fichas de pacientes e remédios. Como todos os medicamentos não cabem neste cômodo de múltiplas funções, dois armários de remédios foram transferidos para a cozinha.
– Como é que uma mesma sala vai armazenar medicamentos e alimentos? – questiona Justina Inês Rech Ribeiro, conselheira municipal de saúde da Zona Leste.
A sala de esterilização é utilizada para exames ginecológicos e para realizar curativos. O postinho só tem um banheiro, afetado por conta dos problemas de esgoto. As paredes e o teto descascados revelam outra falha estrutural, de infiltração. Além de trazer mofo, a combinação de água e tomadas com fios soltos é perigosa.
– Há risco até de provocar um curto circuito – alerta Juliano Valim Soares, também conselheiro de saúde desta região da cidade.
BABIANA MUGNOL
Publicado em Jornal Pioneiro - www.clicrbs.com.br/pioneiro
